Sintomas da Síndrome da Banda Iliotibial: Como Identificar os Primeiros Sinais
A síndrome da banda iliotibial é uma condição comum, especialmente entre corredores e ciclistas. Caracteriza-se por dor na porção externa do joelho, causada por irritação ou inflamação da banda iliotibial, um tecido fibroso que se estende do quadril até o joelho.
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Esse tecido tem a função de contribuir para a estabilidade do joelho durante atividades físicas. No entanto, quando submetido a estresse repetitivo, pode levar a um processo inflamatório. Embora seja mais prevalente entre corredores de longa distância, pessoas que realizam atividades físicas repetitivas que envolvem o joelho também podem desenvolver a síndrome. Para evitar que a condição se agrave, é fundamental buscar ajuda para diagnóstico e tratamento o mais cedo possível.
Quais São os Sintomas da Síndrome da Banda Iliotibial?
O primeiro passo é saber identificar os sintomas dessa condição. Os sinais iniciais da síndrome da banda iliotibial geralmente se manifestam como dor leve ou desconforto na porção externa do joelho. Essa dor pode aparecer de maneira intermitente na fase inicial, durante ou após atividades físicas.
Como a dor tende a desaparecer com repouso, pode ser ignorada. Contudo, com o tempo, ela pode se tornar persistente e prejudicar a realização de atividades físicas.
Outros sintomas comuns incluem sensação de rigidez e queimação na região afetada. Esses sintomas podem piorar durante atividades físicas que envolvem flexão repetida do joelho, como pedalar, correr e até mesmo caminhar em terrenos inclinados. Se não tratada, a dor pode intensificar-se consideravelmente e impactar a qualidade de vida.
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Alguns pacientes também relatam inchaço no joelho ou sensação de estalo na parte externa. Esses sintomas são menos comuns e indicam uma inflamação mais grave da banda iliotibial.
O Que Acontece Quando a Doença Não é Tratada?
Quando os sintomas da síndrome da banda iliotibial são ignorados, a condição pode progredir, resultando em dor persistente e limitação significativa dos movimentos. A dor se torna constante e não alivia com repouso, intensificando-se até mesmo com movimentos simples, como se levantar de uma cadeira e caminhar.
Outro sinal de agravamento é a dor que se estende ao longo da coxa até o quadril. Isso indica que o processo inflamatório está se espalhando e afetando outros tecidos do corpo, acompanhado por sensações de estalos frequentes.
A falta de tratamento pode levar ao desenvolvimento de desequilíbrios musculares, já que o corpo começa a compensar a dor, sobrecarregando outras articulações e músculos. Isso pode resultar em lesões adicionais que necessitam de tratamentos mais complexos.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico precoce da síndrome da banda iliotibial é essencial para evitar complicações a longo prazo. Identificar os primeiros sintomas e buscar ajuda profissional para um diagnóstico preciso e início do tratamento é crucial.
Em alguns casos, a fisioterapia pode ser uma aliada valiosa, ajudando a corrigir desequilíbrios musculares, melhorar a técnica esportiva e prevenir a recorrência da síndrome. Técnicas de liberação miofascial, terapia manual e massagem também podem aliviar a dor e acelerar a recuperação.
A prevenção é sempre a melhor solução. Mantenha uma rotina de exercícios equilibrados, com fortalecimento e alongamento muscular, para evitar o desenvolvimento da síndrome da banda iliotibial. Prevenir a síndrome da banda iliotibial exige uma abordagem proativa que inclui ajustes na rotina de exercícios, alongamento adequado e fortalecimento muscular. É crucial aumentar a intensidade e a duração dos treinos gradualmente, permitindo que o corpo se adapte de forma eficiente a níveis mais elevados de atividade física.
O fortalecimento dos músculos do quadril e dos glúteos é fundamental para evitar a síndrome. Esses músculos desempenham um papel crucial na estabilização do joelho durante os movimentos, ajudando a reduzir a sobrecarga na banda iliotibial. Além disso, realizar alongamentos regulares melhora a flexibilidade e previne o encurtamento muscular, que é um dos principais fatores de risco para a síndrome.
Se você está sofrendo com dor e desconforto na parte externa do joelho durante atividades físicas, não ignore os sinais. Procure um profissional de saúde para diagnóstico e tratamento. Entre em contato conosco hoje mesmo e agende sua consulta!
Dra. Ana Paula Simões Médica do esporte, ortopedista e traumatologista, professora instrutora e mestre pela Santa Casa de São Paulo, especialista em medicina esportiva e cirurgiã do tornozelo e pé.