Canelite em corredores: o que fazer?
Você sabe o que é canelite? A periostite medial da tíbia, ou canelite, é uma condição resultado de um processo inflamatório que atinge a tíbia (o osso da canela) e demais estruturas dessa região. A canelite em corredores é bastante comum e pode ser bastante incômoda, interrompendo a prática de esportes e atividades físicas.
Existem dois tipos de canelite:
Canelite anteromedial: que acomete a parte superior da tíbia e o paciente relata dor na parte frontal da perna;
Canelite posterolateral: condição mais comum que acomete a parte inferior da tíbia. As dores são sentidas na parte de trás da canela.
Quais são as causas da canelite?
Por se tratar de um processo inflamatório, a canelite também pode ter origem em um processo infeccioso, como em fraturas que não foram tratadas, tumores e cirurgias. Contudo, a periostite medial da tíbia é causada por:
Utilização de calçados inadequados;
Excesso de exercício nos membros inferiores;
Pisada pronada;
Treinamento em terreno muito irregular;
Fatores genéticos;
Falta de alongamento;
Entre outros.
Indivíduos que praticam esportes de alto impacto estão mais suscetíveis a desenvolverem canelite, como dançarinos, lutadores, atletas de corrida, entre outros esportes. Os principais sintomas dessa condição são:
Dores e sensibilidade na região da canela;
Dificuldade para caminhar e correr;
Dores após a prática de esportes, treinamentos ou exercícios físicos;
Inchaço;
Sensação de fraqueza nos pés.
Em quadros onde o processo inflamatório está muito avançado, o paciente pode não conseguir caminhar corretamente por não conseguir absorver o impacto na canela. Diante dos sintomas, é importante buscar ajuda de um médico especialista para realizar o diagnóstico da condição.
Além de analisar o histórico do paciente, o médico pode solicitar exames de imagem para determinar qual é a gravidade da lesão e qual o melhor tratamento a ser aplicado no caso.
Como a canelite em corredores resulta de um processo de estresse que acomete a tíbia, o tratamento da canelite é na maior parte das vezes conservador. Além de repouso, utilização de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos e aplicação de compressa de gelo, o médico pode recomendar fisioterapia para fortalecer a musculatura dos membros inferiores.
Em casos mais graves, quando há fratura por stress pode ser necessário realizar uma intervenção cirúrgica para fixação quando for em zona de alto risco.
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Dra. Ana Paula Simões Médica do esporte, ortopedista e traumatologista, professora instrutora e mestre pela Santa Casa de São Paulo, especialista em medicina esportiva e cirurgiã do tornozelo e pé.